A cirurgia realizada para modificar o mento, ou seja, o queixo, chama-se mentoplastia. O queixo envolve a mandíbula, o pescoço e o terço inferior da face, e o procedimento cirúrgico pode aumentar ou diminuir a projeção do mento.
O Dr. Lucas Arantes Maia destaca que a maioria dos pacientes têm pouco entendimento a respeito do impacto que o queixo possui no equilíbrio facial. Dessa forma, as queixas de um paciente sobre o nariz, por exemplo, podem estar relacionadas à desarmonia que o queixo dele proporciona na face e não no nariz. Por esse motivo, é essencial que os indivíduos busquem um cirurgião plástico quando possuírem queixas em relação ao seu rosto, pois esse profissional é o mais habilitado para fazer uma avaliação criteriosa da face, identificar as reais causas das queixas e o que pode ser melhorado.
As indicações da mentoplastia dependem das deformidades do queixo. Dentre elas, destacam-se a macrogenia, quando o queixo é sobressaltado, projetado para frente. Microgenia, quando o queixo é muito pequeno, e assimetria, quando o queixo é assimétrico, desproporcional. Além disso, a cirurgia pode, ainda, ser indicada para auxiliar no tratamento da apneia obstrutiva.
Há três tipos de cirurgia de queixo, elas duram entre uma e duas horas e necessitam de anestesia local ou geral, dependendo do caso. Na mentoplastia de aumento podem ser utilizadas próteses de silicone, gordura e polietileno, inseridos através de uma incisão por dentro da boca ou por fora, abaixo do queixo do paciente. Pode-se usar, também, o osso do próprio queixo, no qual os ossos laterais são fechados, reposicionados para frente e fixados com pinos de titânio. Já a mentoplastia redutora, é uma técnica mais complexa que a de aumento e é necessário adequar o mento às demais proporções da face. Assim, é realizada uma incisão na parte interna da boca, faz-se a redução óssea do queixo e este é fixado novamente através de pinos de titânio ou placas. Por fim, na mentoplastia para correção de assimetria, é realizada uma incisão dentro da boca e o queixo é remodelado de acordo com a necessidade e a fixação é feita através de pinos ou placas de titânio.
O período pós operatório pode durar algumas semanas, nas duas primeiras é comum o aparecimento de edema ou inchaço na região. Nas próximas semanas pode ocorrer, também, dormência de lábio e queixo. Durante os primeiros dias de recuperação é importante evitar alimentos sólidos e optar por aqueles mais líquidos e pastosos. Além disso, também é fundamental realizar uma boa higiene oral, que pode ser reforçada com soluções antissépticas. Após dez dias, aproximadamente, o paciente pode retornar às suas atividades normais, tomando os devidos cuidados, orientados pelo cirurgião.